Daqui pra lá de lá pra cá
Fagner, Zeca Baleiro e Torquato Neto
Era um pacato cidadão sem documento
Não tinha nome profissão não tinha tempo
Mas certo dia deu-se um caso
E ele embarcou num disco
E foi levado pra bem longe
Do asterisco em que vivemos
Ele partiu e não voltou
E não voltou porque não quis
Quero dizer ficou por lá
Já que por lá se é mais feliz
E um espaçograma ele enviou
Pra quem quisesse compreender
Mas ninguém nunca decifrou
O que ele nos mandou dizer
Terra mar e ar atenção
O futuro é hoje e cabe na palma da mão
Para azar de quem não sabe e não crê
Que se pode sempre a sorte escolher
E enterrar qualquer estrela no chão
Viet vista visão viet vista visão
Terra mar e ar atenção
Fica a morte por medida
Fica a vida por prisão